O que é um vampiro? (II)

Sedona é um rosto conhecido de muitos da comunidade virtual de vampiros. Originária do sistema cortesão da cidade de Nova York, tornou-se parte da comunidade através da Casa das Ilusões, com a qual não é mais associada, em 2001. Inspirada pelo site Darkness Embraced, ela fundou o Phantasmagoria Syndicate, um ramo educacional da Casa das Ilusões. Ela também faz parte do Aetherium, cujo objetivo é educar aqueles que procuram conhecimento sobre o vampirismo. Sedona ajudou a fundar a Casa Aeterno, e tem seu próprio website em
www.freewebs.com/madamesedona





Vampirismo associado a assinaturas energéticas
por Sedona da Casa Aeterno


De modo geral, a maior parte das pessoas que estudam vampirismo, podem ser divididas em duas categorias principais: sanguíneas e prânicas. Os vampiros sanguíneos são indivíduos que saciam suas necessidades bebendo sangue. Vampiros prânicos ao invés disso, ingerem energia dos vivos.


Mas onde termina nossa educação sobre estes temas e onde começa nossa reflexão? De fato, que não sabe como pegar um livro emprestado, lê-lo, e repetir a sua informação? Uma das melhores coisas sobre o vampirismo é a sua capacidade de provocar reflexões profundas devido à sua ambiguidade. Ainda assim, muitas pessoas acreditam no que leem nos livros sem parar para questionar ao duvidar daquela informação. Frequentemente, as palavras de um ou dois autores são encaradas como algo que nunca poderá ser mudado. Por certo, quando a maioria de nós escolhe seguir as crenças do outro sobre determinado tema, o faz porque aquela pessoa compartilha de muita de nossas próprias ideias. Mas o quão idênticos são estas opiniões na verdade? Muitas pessoas não ousam se arriscar e discordar da crença "popular" por medo de serem excluídas, criticadas, ou ridicularizadas por suas ideias.


Este artigo é sobre questionar estas interpretações do vampirismo que nos são oferecidas por uns poucos e sobre aprender a descobrir por nós mesmos no que acreditamos.






POR TRÁS DAS PALAVRAS

Quando olhamos para o termo vampiro, não podemos evitar imaginar um ser que parece em meio às sombras - uma figura pálida com caninos alongados, vestido em uma capa vermelha e negra. Esta é principalmente a imagem que foi implantada em nossas mentes a partir dos mitos históricos, contos e versões hollywoodianas. Como sabemos os vampiros modernos não correspondem necessariamente a essa imagem. Ainda assim, até para muitos deles, o vampirismo é pouco mais que uma escolha estética ou algo para jogos de RPG. Muitos preferem aceitar a persona de Hollywood ou o vampiro mítico, do que se parar e se perguntar o que acreditam que é o vampiro, para além das lendas e histórias. Existem filosofias e espiritualidade por trás da fachada hollywoodiana que vão muito além das capas e caninos.

Se deixarmos as visões hollywoodianas para trás, o que é um vampiro? Um vampiro moderno é um ser que tem a habilidade de absorver energia dos vivos, não-vivos e de coisas elementares. Pessoalmente, acredito que todos e todas as coisas, especialmente os organismos vivos, naturalmente trocam energia entre si, com a Mãe Natureza e o meio ambiente em geral. podemos sentir as mudanças em nosso CEH (campo energético humano) quando o clima muda, quando comemos ou bebemos, ou interagimos com animais e plantas e mesmo conforma a Terra se move em seu ciclo de dias, meses e anos. Quando tomamos energia do meio ambiente, isso pode ocorrer ao comermos, bebermos, meditarmos, dormimos - mesmo ao ouvir os pássaros cantarem pela manhã. Todas essas atividades nos suprem com um tipo de sustento que nós, humanos, precisamos para sobreviver. Os vampiros também precisam desse sustento, mas, comparados aos mundanos, precisam consumir grandes quantidades de energia exterior. Tão grandes que um vampiro torna-se consciente do ato de absorver energia, enquanto a maioria das pessoas simplesmente interage com ela sem nem mesmo perceber o que estão fazendo.


Por que um vampiro precisa absorver tanta energia? Existe a crença que o corpo físico funciona como uma âncora para a alma/espírito. Algumas vezes, ocorre algo traumático ou chocante que enfraquece e causa rupturas na concha física. Parte da energia espiritual pode escapar, ser danificada pelas forças negativas ou simplesmente parar de funcionar. Assim que a concha física consegue se reparar, começa a sofrer pela ausência dessa energia, apresentando sintomas de vampirismo.


Uma pessoa nessa condição descobrirá que os métodos rotineiros para obter energia - como comer, beber ou dormir - não melhoram em nada a situação. As energias fornecidas por essas ações não são mais suficientes para compensar a perda de energia espiritual. Nesse ponto, os vampiros precisam de uma fonte adicional que os sustente. É a necessidade dessa energia exterior e não os ornamentos hollywoodianos - que definem uma pessoa como vampiro.








Definições:


Vampyros de jogos de RPG: RPG tem conotações bastante negativas dentro da comunidade vampírica. Isso deve-se em grande parte à complicada relação entre a subcultura vampírica e um jogo de RPG chamado Vampiro: a máscara. Publicado pela primeira vez em 1991 pelo criador Mark Rein-Hagen, Vampiro: a máscara permite que os participantes interpretem vampiros que lutam para sobreviver no mundo moderno. A relação entre V:AM e a comunidade vampírica é semelhante à relação entre o RPG Dungeons & Dragons com a comunidade paganista. Os dois jogos tem certo apelo entre os membros dessas comunidades e possuem uma relação reflexiva com certas terminologias, temas e estéticas que aparecem nas respectivas comunidades não-RPG. E ambos atraíram autores envolvidos aberta ou secretamente nos grupo de não-jogadores das duas comunidades. A integração das ideias, termos e definições da comunidade vampírica real aos jogos RPG mistura o que é real e o que é jogo. O exemplo mais nítido disso é o caso do Black Veil, o mais conhecido conjunto de ética vampírica. Em sua gestação, o código foi baseado em "Traditions of the Masquerade", de Vampiro: a máscara, um conjunto de regras que os vampiros do jogo deveriam seguir.

Vampirismo prânico:
termo alternativo para o vampirismo energético. Prana é o termo sânscrito relacionado à respiração, vida e força vital. O vampiro prânico, então, é um indivíduo que se alimenta dessa força vital. Nos últimos anos tem havido muita confusão entre as técnicas "prânicas" e "tântricas", fazendo com que alguns websites sobre vampiros identifiquem erroneamente os vampiros prânicos como indivíduos que se alimentam através do sexo.

Vampyro vs. vampiro:
nos anos 1990, diversos grupos dentro da subcultura vampírica começaram a utilizar o termo arcaico vampyro para distinguir um vampiro moderno real dos vampiros da ficção e do folclore. O mais importante desses grupos era o Sanguinarium, que começou como uma sociedade de lifestylers - indivíduos que adotaram a estética romântica do vampiro. O Sanguinarium veio a se tranformar em uma sociedade espiritual sombria conhecida como OSV - a Ordo Strigoi Vii. Grupos e indivíduos influenciados pelo antigo Sanguinarium ou pela nova Strigoi Vii mantêm a ortografia "vampyro". Também é a ortografia utilizada pelo Templo de Set para a sua Ordem do vampyro.

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