O que é um vampiro? (VI)

Larae é mais conhecida como fundadora e proprietária do Darkness Embraced (www.darknessembraced.com), um website completo e mantido por individuos interessados em vampiros, bruxaria e ocultismo. A webmaster ativa, moderadora de diversas páginas sobre vampiros on-line, Larae é uma pessoa cujo trabalho é reconhecido por sua encatadora mistura de elegância e realismo.



Sou um vampiro?
por Larae do Darkness Embraced

Ser um vampiro não tem a ver com poder, beleza ou romance. Não existem Frank Langellas ou equivalente feminino em nossas alcovas. Ninguém aparecerá na sua janela às tantas horas da noite com uma névoa espessa atrás dele. Ninguém irá envolvê-lo em um beijo eterno e levar embora toda sua dor. Por mais românticos que pareça, esse tipo de magia só existe em um set hollywoodiano. Existem vários aspectos ruins em nossa natureza que criam dificuldades para muitos de nós, e deixam muito a desejar.

O vampirismo real é uma condição que frequentemente vem acompanhada de sintomas físicos crônicos, como letargia, insônia ou enxaquecas. Quando um médico é consultado, nenhuma enfermidade específica é encontrada como explicação desses sintomas, e nenhum tratamento tradicional consegue fazê-los desaparecerem. Somente se alimentar regularmente, os sintomas reaparecem. Isso dificilmente tem a ver com a existência glamurosa do Lestat de Anne Rice.

Antes de dicidir que você é um vampiro, leve em consideração que muitas das características associadas ao vampirismo também podem ser sintomas de doenças graves. O seu conjunto de sintomas deve ser analisado por um médico antes de você sequer condiserar que o vampirismo possa ser a causa. Converse com o médico da família sobre seus sintomas (mas deixe de fora a parte sobre você acreditar ser um vampiro). Faça exames completos, só para ter certeza de que se trata mesmo de vampirismo. A longo prazo, você ficará feliz de ter feito isso.

Se você é adolescente, entenda que seu corpo está passando por mudanças profundas, que continuarão até os vinte anos. Tantas coisas estão acontecendoem seu corpo que podem ter um tremendo impacto em seu estado físico e emocional, que pode ser prematuro relacionar tudo ao vampirismo. Mesmo as coisas que podem ser consideradas as mais estranhas não são mais do que seu corpo reagindo a essas mudanças químicas e hormonais. Se você tiver sintomas associados a grandes rompantes de depressão e raiva, talvez precise de uma ajuda extra dos médicos para ajudá-lo a lidar com isso e superar todas essas mudanças. Não há nada do que se envergonhar, e é mais comum do que você possa imaginar. Não faça você mesmo sofrer sem necessidade. Fale sobre seus problemas e tenha a ajuda apropriada.

Se você ainda está certo de que é um vampiro, eduque-se. Isso é especialmente importante se você está pensando em beber sangue. Antes mesmo de conceber a ideia de beber sangue, por favor, informe-se sobre segurança, sobre o sangue, primeiros-socorros e muitas outras informações relacionadas à retirada de sangue! beber o sangue de uma pessoa é algo muito sério. Existem várias coisas horrendas que podem acontecer tanto a você quanto à pessoa de quem você retirar esse sangue se você não souber o que está fazendo. Retirar sangue de forma irresponsável pode ter ramificações que vão desde doenças relacionadas ao sangue, como HIV ou hepatite, até danos graves, cicatrizes, infecções e até mesmo a morte. Também entenda que cortar a si próprio e beber seu próprio sangue não colabora de forma alguma o seu vampirismo. Se você estiver obcecado por cortar a si próprio, por favor, busque ajuda.

Se você ainda se pergunta se é ou não um vampiro, tira uma hora ao menos de seu dia para refletir sobre seus sentimentos e seu interior. Uma opção que pode ajudá-lo nessa indagação é registrar, em um diário ou caderno, qualquer dúvida que você tenha tido e que o tenha levado a se fazer essa pergunta em primeiro lugar. Faça comparações e resumos, anote pensamentos, experiências, ou qualquer coisa que você ache pertinente para descobrir a resposta. Depois de um bom tempo, v0cê tanto se tornará hábil  em tirar suas próprias conclusões como também aprenderá no caminho algumas coisas novas sobre você. Enquanto isso procure outras pessoas e faça perguntas. Observe conversas que acontecem em vários fóruns online e em listas eletrônicas e acompanhe os assuntos que parecem pertinentes a você. Até se você decidir no final das contas que não é um vampiro, você se beneficiará dessas amplas investigações pessoais, aprendendo muito sobre quem você realmente é.



VALIDAÇÃO PELOS OUTROS

Alguns sites afirmam que só outros vampiros podem lhe dizer com certeza se você é ou não um vampiro. Não é verdade. A única verdade remota em tal declaração é que às vezes somos atraídos por outros vampiros. Às vezes, nós somos levados inconsientemente a outros de nossa espécie sem qualquer explicação  lógica aparente. Nós podemos ver uma pessoa em uma sala lotada e nos sentirmos atraídos por ela sem saber exatamente a razão disso.


É importante perceber que aqueles por quem nos sentimos fortemente atraídos nem sempre têm automaticamente natureza vampírica. Respondemos a algo diferente naquela pessoa -uma diferença que vem da energia dela. Elas poderiam ser Terians, Otherkins, uma alma velha, ou alguém que é um trabalhador de energia natural, como uma bruxa ou xamã. Nós podemos ser atraídos a todas essas pessoas por causa de nossas afinidades comuns com relação à Iluminação e à sensibilidade à energia. Às vezes, apontar alguém como sendo um vampiro pode ser complexo; por isso, devemos deixar que os que ainda não se revelaram despertem por si próprios.


Interferência de um vampiro que valida ele "acreditar" que é outro "vampiro" pode ser destuitiva. No final das contas, pode interferir com o crescimento e a espiritualidade daquele vampiro latente, especialmente se aquela pessoa é levada erroneamente por um caminho que não é o dela. Em minha opinião, isso pode causar muita turbulência durante o processo do despertar -um processo que já é difícil e desestabilizador o bastante para a maioria. Dizer às pessoas o que elas são deve ser evitado sempre que possível. É perfeitamente aceito que um vampiro ofereça apoio sutil e orientação enquanto mantém a especulação em segredo, mas o vampirismo de um indivíduo que desperta não deve ser validade completamente por ninguém a não ser a própria alma que desperta.


Se você verdadeiramente for um vampiro, terá conhecimento disso em seu próprio tempo. Ninguém precisará confirmar ou validar isso para você.






Definições:

Doador: umindivíduo que de boa vontade provê alimento a um vampiro. Os doadores são altamente respeitados dentro da comunidade vampírica, pois não são fáceis de se aproxuimar. Doadores podem prover energia, sangue ou uma combinação de ambos a um vampiro. Até mesmo se um doador prover só energia é uma prática difundida assegurar-se de que o doador e vampiro sejam testados para qualquer doença. Um doador não precisa ter nenhum tipo de relação romântica ou sexual com o vampiro para prover as necessidades daquele vampiro.

Vampiro latente:
um indivíduo cujo vampirismo ainda não foi percebido completamente. Vampiros latentes ainda se alimentam, mas todo o vampirismo deles é inconsciente e instintivo. Um vampiro oculto tem que passar pelo processo de despertar para perceber o que é. Frequentemente, esse despertar é sinalizado por uma intensa troca de energia com outro vampiro, uma experiência que ajudou a perpetuar o mito da "transformação".

Terians e Otherkins:
é um ramo do movimento magicko moderno. Esses indivíduos sentem uma ligação espiritual a algo diferente da humanidade. No caso de Terians, já uma ligação forte a um animal específico. Para os Otherkins, a lifação é frequentemente com uma criatura mitológica, como um dragão ou um grifo. O nível de identificação vai daquele de um totem animal. A maioria dos Terians e Otherkins sente que, debaixo de seus corpos humanos, eles são realmente estas outras coisas. O "outro" se expressa principalmente como uma identidade magicka, influenciando habilidades psíquicas e outros poderes. A comunidade vampírica se divide quanto à aceitação dessas crenças.

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